domingo, 6 de maio de 2012

Canções de embalar

Mãe é... uma canção de embalar.
De uma forma doce e muito terna, minha mãe, como tantas outras, também tinha uma canção que nos cantava, embalando-nos nos seus braços, para que acalmássemos e adormecêssemos.
E talvez influenciada pela sua passagem por Coimbra quando estudante, a «Canção de Embalar» de Alexandre Rezende era a sua preferida.
Para recordar esses momentos doces aqui postei a canção de embalar numa homenagem a minha Mãe.






Quando fui Mãe, também embalei os meus filhos com a mesma canção.
Estando em voga as interpretações de Ana Faria que, nos anos 80 fazia uma interpretação de músicas clássicas com letras adaptadas às crianças, embalei meus filhos, muitas vezes, com estas interpretações dando especial destaque à «Canção do Daniel», cantiga adaptada da Wiegenlied (Canção de Embalar) de Johannes Brahms.

Na impossibilidade de passar a interpretação da Canção do Daniel, aqui deixo a letra.

Daniel

Dorme,dorme, Margarida (Daniel)
ao som desta canção
porque a lua, risonha,
já começa o seu serão.
Se dormires, amanhã,
vamos colher cerejas,
escutar rouxinóis
e o sino da igreja.

Dorme, dorme, Ariana,
brilham estrelas no céu,
não se ouve uma abelha,
o jardim adormeceu.
Se dormires, amanhã,
vamos guardar rebanhos,
ver as nuvens no céu
fazer belos desenhos.

Dorme, dorme, João Rodrigo,
teu sono hei de guardar.
Com princesas e flores
esta noite vais sonhar.
Se dormires, amanhã,
vamos colher as rosas,
sobre o trigo no campo
ver bailar a mariposa.

Dorme, dorme, Daniel,
que uma fada a sorrir,
espalhou nos teus olhos
pozinhos de dormir.
Se dormires, amanhã,
vamos comer amora,
procurar o arco-íris
pelo campo fora.

Depois, também a «Canção de Embalar» de Zeca Afonso fez adormecer os bebés da família.
Vamos ouvi-la mas... sem adormecer.





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