sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Magusto em Dia de S. Martinho

Desta vez o Verão de S. Martinho não apareceu, como de costume, para fazermos o nosso magusto no recreio da escola.
A chuva caiu intensamente durante todo o dia.
Apesar deste contratempo, não deixámos passar a data sem comermos umas castanhinhas, recordarmos a generosidade de S. Martinho, explorarmos a história da «Maria Castanha» usando o texto narrativo e o texto dramático e transpondo-o para banda desenhada, pintarmos desenhos alusivas à festividade, aprendermos canções e de fazermos a ilustração das mesmas e, como não podia deixar de ser, construirmos o nosso cartucho para as castanha...
Desta vez não fizémos o cartucho com papel de jornal pois é pouco resistente. Deste modo, e para ser mais colorido, foi feito de cartolina vermelha, laranja, preta..., usando o modelo tradicional, mas decorando-o depois com o desenho de um vendedor de castanhas pintado por cada um de nós e com uma das canções que aprendemos hoje e cuja letra foi escrita pela nossa professora.








As castanhas foram simpaticamente assadas nos fornos do Restaurante Pedro dos Leitões pois a mãe da nossa colega Mafalda do 3º ano disponibilizou o espaço e serviço para que fosse possível concretizar esta atividade de convívio de tão longínqua tradição.
À tarde, logo que as castanhas chegaram, reunimo-nos todos no salão para saborearmos as castanhas assadas.



De cartuchos na mão, cada um de nós recebia da sua professora ou professor as saborosas castanhas que iamos descascando e comendo em alegre convívio.




terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dia das Bruxas



Finalmente chegou o outono!
Fizeram-se as colheitas e, já no conforto da minha casinha, reuniram-se as condições para uma noite de bruxas com todos os ingredientes: abóboras, romãs, ervas, castanhas, penumbra, gatos pretos, morcegos, ...e «Doçuras e travessuras».


Porque os dias já são curtos e as noites longas, foram providenciadas fontes de luz que não deixam, de todo, a escuridão tomar conta da noite. Velas, candeeiros de petróleo e candeias de azeite irão criar um ambiente propício às bruxas que estarão connosco nesta noite.
As poções estão todas prontas e nada impedirá as bruxas de fazerem os seus feitiços.





Os livros seculares dos feitiços ensinam a fazer os venenos mais mortíferos!






Todos os ingredientes estão organizados para qualquer feitiço que seja necessário preparar. Há «Sardaniscas de Conserva», «Dedos de Bruxa», «Pelos de Lobisomem», «Pó de Chulé», «Olhos de Gato», «Lágrimas de Fantasma», «Xixi de Morcego», «Patas de Aranha», «Venenos Mortíferos», «Sangue de Dragão», «Dentes de Vampiro», ...







«O Grande Livro dos Medos do Pequeno Rato» também estava lá.




O Vento Norte soprou umas rajadas fortes e as folhas dos plátanos atapetaram as ruas e os caminhos.



Uma rajada mais forte forçou as janelas da casa e trouxe este quadro de natureza morta.
Mas, as bruxas também chegaram com o Vento Norte e já largaram as vassouras.





O gato preto assustou-se com o Jack O'Lantern que trazia a sua abóbora para alumiar o caminho e afastar o diabo.


Os tachos e as ervas das bruxas exibem-se na janela da casa.










E a bruxa prepara já uma sopa de cobra e vermes no seu caldeirão.




Os ratos e as aranhas passeiam-se a seus pés.







Mas... alguém bate à porta gritando:
«Doçura ou Travessura?»
E o coração da bruxa amolece e, deixando as travessuras para outra altura, logo acorre para distribuir as «Doçuras».



Atravessando a escuridão que nos levará até ao seu laboratório, depressa chegaremos até junto da Bruxa mais velha.




Já no laboratório...


 ...a bruxa mais velha vai-se certificando de que não há nenhum ingrediente em falta.



Impacientemente, a bruxinha mais nova aguarda a tão esperada refeição...



A mesa já está posta. Serão servidos cérebros de gato preto, caganitas de cabra, ranheta de caracol, sardaniscas de conserva, leite coalhado, carne de dragão defumado... entre outras iguarias próprias de bruxas. Brindando, no final da noite, com Sangue de Vampiro.










Na penumbra, estudam-se as novas fórmulas que o Padre Fontes lhes enviou de Vilar de Perdizes.


Os vampiros acabaram de chegar e juntam-se à festa.



Olhos da escuridão
levantam voos nas asas de morcegos,
que saem dos jazigos feitos no chão,
onde epitáfios são presos por pregos,
guardados por fantasmas da solidão.

Aranhas dançam em suas teias,
despistando do olhar estático da coruja,
enquanto os sapos preparam suas ceias,
no abandonado lago de água suja.

Abóboras com velas iluminam a passagem
cobertas por antigos esqueletos,
enfeitados com orquídeas roxas de linhagem rara,
carregando pequenos amuletos.

Observam a casa negra no alto da floresta,
mal assombrada e misteriosa,
pois parece que alguém prepara uma festa,
enquanto sai da chaminé uma fumaça cheirosa.

A bruxa abre a porta para a Lua Cheia,
com chapéu de mago e verruga na cara,
para iluminar o caldeirão de ferro
que prepara um feitiço secreto para a meia noite e meia.

Ela canta uma cantiga antiga,
para um corvo sentado em sua janela:
-Hey! Hey! Halloween siga!
Faça este feitiço de canela!
Quero ser uma linda donzela!
Tira essa verruga de mim!

                                                                             Helen de Rose