terça-feira, 18 de outubro de 2011

Projeto - Do grão ao pão

Este ano, o pão foi o alimento da Roda dos Alimentos escolhido para o nosso projeto.
Sendo uma das «4 Maravilhas da Mealhada», integra-se numa das grandes fatias da Roda, mostrando quanto é importante e indispensável na nossa alimentação diária, pois é  rico em hidratos de carbono, tornando-se numa fonte de energia e num regulador do trânsito intestinal.
Reforçando a ideia de que o pão tem de fazer parte da nossa alimentação diária, o já famoso nutricionista mealhadense, Dr. João Breda, afirma que «não comer pão é não ter uma alimentação saudável» e que para «as crianças é muito importante um bom pequeno almoço onde o pão escuro, com fibras, é o mais rico».
Numa tentativa de transmitir e educar as nossas crianças para o consumo diário do pão, iniciámos o nosso projeto com uma atividade motivadora - o fabrico de pão na escola.
Os alunos começaram por, junto de familiares e amigos mais idosos, recolher informação do modo de confeção do pão caseiro da Mealhada.
Das diversas receitas recolhidas foi selecionada a usada pela antiga padeira Graciete Coleta, que já herdou a receita e a profissão de sua mãe, Anunciação.


  
Receita do Pão da Mealhada

Ingredientes:
  • 10 kg de farinha de trigo
  • 150 a 200 g de fermento de padeiro
  • 4 mãos cheias de sal
  • 1,5 a 2 litros de água morna

Confeção:

Coloca-se a farinha num alguidar de barro, abre-se um buraco no meio, põe-se o fermento já com o sal dissolvido na água e vai-se misturando a farinha.
Envolve-se bem a farinha com a mistura do fermento e amassa-se.
Vira-se e bate-se a massa várias vezes indo depois a levedar durante cerca de 2 horas. Antes de por a massa a levedar deve fazer-se uma cruz na mesma e dizer:

"S. Mamede te levede,
S. Vicente te acrescente,
O Senhor te ponha a virtude
Que eu da minha parte fiz o que pude."

Polvilha-se com farinha e cobre-se com tendal e cobertor.
A massa só está lêveda quando, ao levantar, fica rendada.
Tende-se o pão e põe-se em tabuleiros forrados com tendal (panos brancos), polvilhado com farinha.
Enquanto isso, o forno deve ser aquecido com vides. Depois destas ardidas, retira-se o brasido e a borralha do lar do forno, com um rodo.
Põem-se os pães na pá polvilhada, dão-se dois cortes em cruz com uma tesoura e vão ao forno cerca de 15 minutos até ficarem cozidos.
Retiram-se do forno com a pá.

Envolvendo a comunidade educativa, ontem, dia 17 de outubro, pela manhã, começou por se preparar a massa.
A professora Graça Melo relembrou quais os ingredientes necessários à confeção do pão e começou por colocar a farinha de trigo no alguidar de barro.

De seguida, dissolveu o fermento e o sal em água morna e virou essa mistura para um buraco que tinha feito no meio da farinha.



Aos poucos foi envolvendo bem os ingredientes.


Depois de bem envolvidos, amassou e bateu a massa.


Depois de bem amassada, polvilhou-a de farinha para não se agarrar ao alguidar, fez uma cruz na massa e abençoou-a com uma ladaínha antiga.
Cobriram-se os alguidares com os tendais e mantas para que a massa pudésse descansar e assim levedar durante 2horas.



À tarde...já no Parque da Cidade, acendeu-se o forno comunitário com vides de videira e deixou-se arder.
Preparados já estavam o rodo e a pá.


Enquanto se preparava o forno, tendeu-se o pão e espalhou-se sobre os tendais polvilhados de farinha.
A satisfação estava bem visível na expressão de cada participante.


A massa tomava forma e os alunos revelavam-se atentos a todo o processo.


Agora dava-se umas tesouradas em cruz na massa e está tudo pronto para enfornar.


Do lar do forno já foi retirado com o rodo o resto do brasido e varrida a borralha.
Polvilha-se a pá com farinha e coloca-se um pão de cada vez em cima dela.




O pão é metido ao forno.



Depois de esperarmos 20 minutos o pão está cozido e começa a sair do forno.


Tinha bom aspeto e estavamos todos desejosos de prová-lo, mas teríamos de esperar porque havia outra fornada para cozer.

Esta foi a primeira fornada cozida.
A prova só acontecerá quando estiverem os meninos da escola todos juntos.

Depois,... virá todo o trabalho desenvolvido em sala de aula...

Hoje, os alunos do 4ºA trabalharam a área vocabular de Pão, depois separaram-nas essaspalavras por classes, formaram famílias de palavras, selecionaram as palavras novas que vieram enriquecer o seu vocabulário, procuraram e regitaram o significado de cada uma delas e ordenaram sequencialmente as ações.
Todo este trabalho irá ajudar na construção de texto.

Noutras salas, outros trabalhos se desenvolveram e desenvolverão à volta desta temática, de uma forma interdisciplinar.
Também provámos o pão e...estava delicioso!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dia Mundial da Alimentação

No âmbito do «Dia mundial da alimentação» que se comemorou ontem, dia 16 de outubro, veio à nossa escola a professora Vera Martins desenvolver uma atividade promovida pela biblioteca municipal que se integrou muito bem no tema e da qual todos os alunos que tiveram oportunidade de participar, muito gostaram.
A atividade teve como objetivos principais:
  • Promover a leitura;
  • Sensibilizar para uma a alimentação saudável, variada e equilibrada;
  • Desenvolver comportamentos responsáveis.
Como recursos foram utilizados:
  • A obra de literatura para a infância «Eu nunca na vida comerei tomate»  de Laurean Child;
  • Jogo da Glória adaptado ao tema da alimentação;
  • Lápis e papel.

A professora Vera apareceu com este cesto convidando-nos para um piquenique que nos alimentasse a mente e o coração.


Nós logo percebemos que ela nos queria ler uma história relacionada com a alimentação, pois o «Dia da alimentação» aproximava-se e as professoras não deixam de o lembrar.


Do cesto saiu esta obra que todos ouvimos com atenção, até porque alguns de nós já conhecíamos as personagens de uma série da TV.



Depois de ouvida e explorada a história, saiu do cesto mais um adereço indispensável para o piquenique --  a «toalha». Vimos logo que íamos fazer um jogo.


A professora fez três equipas, explicou as regras e iniciámos o jogo.


Dentro do cesto ainda havia os peões do jogo -- uma maçã, uma romã e um tomate -- canetas de pintar e papel que fomos utilizando.


Ao longo do jogo tivémos que mostrar os nossos conhecimentos sobre alimentação, higiene alimentar e regras de segurança alimentar, assim como a nossa capacidade de trabalhar em equipa, o que nem sempre foi fácil.




Algumas das casas onde caíamos obrigavam-nos a desenhar algo ou fazer mímica para que os elementos da nossa equipa  adivinhassem.

Divertimo-nos em mais uma situação de «A brincar também se aprende».


E no final recebemos este lindo certificado.



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Notícia para o Jornal

Doces de outono na escola



No dia 19 de setembro de 2011 começámos a fazer doces de outono na nossa escola “EB1 de Mealhada”.

Fizemos doce de tomate, doce de abóbora, doce de figo, geleia de maçã, geleia de marmelo e marmelada.

Vários alunos trouxeram os ingredientes para fazer os doces, outros trouxeram frascos para embalá-los. Os professores e auxiliares também colaboraram.

Os doces foram confecionados por alunos de algumas turmas e pela coordenadora, professora Áurea Matias, e as auxiliares. Depois dos doces serem feitos, montou-se a banca para venda. A nossa banca está muito bonita com um painel na parede enfeitado com folhas e frutos de outono. A bancada foi montada com palha, mantas e tem um cavalo feito por uma turma do 4º ano. É aqui que todos os doces estão expostos.

Começámos a venda dos doces no dia 6 de outubro de 2011. A receita destes produtos reverterá para a aquisição de materiais que muito precisamos na escola.

Convidamos toda a comunidade a visitar-nos e a comprar os nossos deliciosos doces.

Escrito por: Maria Gomes Alves, Mafalda Ferreira de Almeida e Ana Matilde Teixeira de Oliveira.
Realizado em nome da turma 4º B

confeção de doces


Hoje vamos fazer doce de abóbora!

Temos aqui esta abóbora ainda inteira, mas no alguidar temos outra às fatias que os meninos do 1º ano vão cortar aos bocadinhos.















 Vamos então experimentar. Parece um pouco difícil!



Mas a professora ajuda e tudo se torna divertido.



Agora vamos pesar a abóbora para sabermos a quantidade de açúcar que havemos de juntar. Para isto usamos a balança.


 Agora vamos pesar o açúcar...



...e colocamos a abóbora, o açúcar e o pau de canela na panela e pomos ao lume.




 Depois provámos o doce e... estava uma delícia!....

 


Mas é preciso recolher alguns dados para se elaborarem problemas, na sala de aula, abordando diferentes conteúdos da matemática.



Doces de outono

Chegou o outono!
Na nossa escola , a azáfama da confeção dos doces de outono começou há umas semanas atrás pondo toda a comunidade em atividade.


Marmelos, maçãs, tomates, figos, abóboras e nozes foram trazidos por professoras e auxiliares que se envolveram na confeção de doces, geleias e marmelada, juntamente com alguns alunos, aromatizando de uma forma tão doce toda a nossa escola!




Porque todos trabalhamos em colaboração, os alunos recolheram frascos para se acondicionarem estes doces deliciosos, que mexem com os nossos cinco sentidos.




Depois de confecionados e de nos enibriarmos com o seu odor, e porque «os olhos também comem»,  rotularam-se e decoraram-se os frascos com cor...muita cor de outono e montou-se a nossa «Montra de Doces de Outono», com a colaboração da ex-professora de Educação Ambiental -Ana Margarida.



Os nossos doces estão agora à venda para que todos possam saboreá-los e ajudar a escola a angariar algum dinheiro que nos permita adquirir materiais que fazem falta na nossa escola.



Estes projetos não são apenas brincadeiras!
São trabalhos pedagógicos muito sérios em que as nossas professoras nos põem a aplicar conhecimentos de todas as áreas curriculares e nos fazem perceber que o que se aprende na escola é muito importante para a nossa vida fora dela.

Entre outras coisas, pesquisámos receitas, lemos, interpretámos, desenhámos, descobrimos muita matemática, inventámos problemas, contruímos gráficos,...e divertimo-nos muito com estas aulas diferentes e tão enriquecedoras, mas que só podem acontecer às vezes.
Os alunos do 4º ano até redigiram uma notícia para o jornal e que será ilustrada com um desenho de um aluno do mesmo ano.


Nesta última fotografia é evidente como todos somos professores e trabalhamos para a mesma causa.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

setembro nostálgico



Setembro...
O sol brilha com menos fulgor.
Acalma o mar azul.
Corre a brisa mansa.
A praia fica deserta.
Chegou o momento de acariciar a areia com o meu corpo e beijar a espuma do mar.
Refresco-me nestas águas calmas, azuis, verdes...
Passeio à beira mar...Só...Calma...Triste...e, ao mesmo tempo, feliz por poder apreciar e gozar esta imensa beleza...
Recolho as conchas, as estrelas do mar, os ouriços, os búzios...e em cada um levo comigo uma recordação dos anos doces da minha vida.
Por cima de mim sobrevoam as gaivotas, num voo gracioso e planejado, emitindo um grasnar que sintoniza bem com a melodia do mar.
É indescritível o que sinto no meio deste rumorejar e deste odor inebriante a maresia, num fim de tarde...Estonteio...
Olho o sol morno. Cerro os olhos. Caio sobre a areia branca e deixo-a correr entre os dedos. Envolvo-me nesta magia e permito que o meu sonho acompanhe a brisa mansa do mar.
Só... Muito só...
O mar, o sol-pôr, a brisa, a maresia e as gaivotas...vivem comigo esta a solidão que me fere e reconfortam-me com a sua poesia...
Em vão olho as dunas onde o vento balança a caniçada. Não... o meu amor não volta mais...
Não há mais sonho a dois...Apenas solidão poética e nostálgica.
Não há mais amor sobre a areia de uma praia deserta...
Não há mais amor refugiado nas dunas numa manhã de nevoeiro...
Não há mais beijos proibidos nem carícias desejadas...
Não há mais abrigo nos braços de quem amei...
E é neste perder de Amor e  Poesia que eu não entendo que se atinja a maturidade...
Se ser adulto é perder o que de belo a vida tem, então vale mais morrer com a juventude, no dia em que ela termina.
Não sei onde perdi o meu amor...
Não o enterrei na areia, não o afoguei no mar, não o deixei levar nas asas do vento...
Perdi-o apenas por deixar de ter 18 anos...
Rolai, lágrimas dos meus olhos...Sois livres...e a liberdade não se rouba a ninguém...
Rolai, lágrimas, e engrossai estas águas que ao espraiarem me beijam os pés em ato de consolo.
Porque nesta tarde de setembro, toda esta natureza que me rodeia está solidária comigo...
Nostalgia...Paz...
Quanto é importante para mim a filosofia da vida!...
Quanto me é difícil abrir os olhos e não ignorar a competição corruptiva que encontro fora desta praia.
 Os homens  transformaram-se em monstros que se cruzam, se atropelam, se ignoram, se odeiam, se matam...por bens materiais e «amor» carnal.
A inveja come-os uns aos outros. Não são capazes de pegar nas armas chamadas Amor e Paz pois estão num patamar inatingível para as suas inteligências tão parcas.